LITERATURA DE CORDEL

   

Literatura de Cordel é um gênero literário que veio para o Brasil na  na época de colonização Portuguesa na Bahia, ganhando importância com o passar do tempo por apresentar características populares e serem impressos com escrita poética. É conhecida por ser tradicionalmente em forma de folhetos pendurados para venda em cordéis, cordas ou barbantes. 
  Os folhetos também podem ser encontrados em livros que seguem o mesmo padrão, com capas ilustradas com xilogravuras para conquistar o comprador. Tudo pode virar cordel, que vem do cotidiano até príncipes, fadas, monstros, feitiços, reinos encantados e dragão. Seus heróis, jovens corajosos, vencem muitos obstáculos para chegar a uma jovem linda e inacessível e, finalmente, desposá-las.
  
Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. No site da Academia Brasileira de literatura de Cordel (ABLC) você encontra diversos outros grandes cordelistas, além de aprender como colocar no papel o seu próprio cordel: http://www.ablc.com.br/.
  
 Encontra-se livros de cordel em feiras culturais ou até mesmo em livrarias com acervos nacionais. Existe também a possibilidade de encontrar alguns livros na internet para baixar, como por exemplo: Uma viagem ao céu e Romance do Pavão Misterioso.


Que  tal você fazer o seu próprio folheto de cordel?
Esta imagem foi retirada do site: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/images/atividadespedagogicas/atividade-literatura-de-cordel.pdf
Ariely Miranda, Emanuela Döll e Sofia Montanari




   Cordéis produzidos pela turma 114 do IFSC - Instituto Federal de Santa Catarina.

“A caneta caiu,
Os olhos virei,
O braço estiquei
E o pescoço quebrei.”



“No laboratório de matemática,
O Harry Potter eu encontrei,
Ele xingou a Debora,
Eu o xinguei.
Por que essas pessoas,
Vivem tão isoladas?
Se ele vivesse no monobloco,
As gurias estariam molhadas.”




"Calor que me faz falta,
Calor do sol de verão.
Calor que me faz falta,
Calor dos pés no chão.
Calor que não deixa
esfriar minha mãe.
Calor das madeixas,
de teu cabelo de escuridão.
Calor que me acalma,
Desejos escassos.
Calor da alma,
Eu sentia falta,
Até ficar envolta,
Por teus braços"

"O que sobrou?

O corpo cai,
levanta a poeira.
O cal cai,
queima a sujeira.
A terra cai,
enterra a beleza.
Ser humano que há,
é ser humano imperfeito.
Os que sobrarem,
matar-se-ão. "

"A corda?
Estiquei.
O barbante?
Enrolei.
O namorado?
Terminei.
E agora?
Xi, peidei!
 "Você é humano?
Eu sou uma cabra!
Como pano,
Mastigo toalha!  
Ao fim do dia,
Que alegria!
A indigestão passou,
E o cu alivia!"

"Ciranda de pedra,
Pega e vai de bicicleta.
Menina levada chora,
Por uma palmada.
Ana Luíza reza por Deus,
Para não pegar um Ateu."

"Na noite,
Com um luar,
Você vem,
Me amar.
Eu sem perceber,
Você aqui,
A me entorpecer."

"Sintomas de estresse,
Cronica infanto-juvenil.

Fumaça no morro,
No peito arde fogo.

As mãos fechadas,
E a cara emburrada.

A tranca tá desmontada,
É, a menina tá braba!"

"Hipocrisia

Você sabe né?
Que nada disso é real,
Que depois tudo,
O passado vira banal,
E assim você percebe,
Que estais sozinho,
Caminhando perdido no meio de um pergaminho.

É tudo pura ilusão,
Que na verdade você é a bomba no meio do canhão,
Podes até tentar fugir,
Com as grades amarradas em ti,
Chorar por perdão,
Virar amigo de qualquer cidadão.

Quero ver você ter responsabilidade,
De mudar o mundo sem sair da cidade,
Quero ver você se dar bem,
Quando tudo é pura briga,
Luta já definida.

Depois de lágrimas perdidas,
De gritos e despedidas,
Se ainda é capaz de viver,
Grite por socorro,
Veja se alguém vai te atender.

Tudo certo ai?
Agora consegues me ouvir?
HIPÓCRITA!"

"Estávamos todos na aula de português,
Tinho dormindo outra vez,
Parece que nada mudou,
Mas espera ai professora,
Nessa aula o Schneider acordou!"

"A arte de gazear

Gazeio Física 
E também matemática,
Aula Teórica 
E também  prática."

"Amizade, sentimento de calma,
Calma em minha alma.
Amizade, seu rosto risonho,
Um alivio nos meus dias tristonhos.
Amizade, seu cabelo eu fiz tranças
E em você deposito minhas esperanças.
Amizade, lhe protegerei com um dente final,
Porque mais que tudo para mim, 
És vital!"

"Mentira estreita,
Embalo perfeito.
A dona que ama,
Dormia se espanta,
Com tal cena vil,
O amando morre de amor por ela.

Mas lá na favela, 
Corre atrás da menina assanhada,
Que anda pelada,
E cadê a amada,
Que dorme em casa,
Esperando que nada aconteça com ele."



 

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